sábado, 22 de julho de 2006

O que fazer?

Ultimamente ando com saudades de tanta coisa...tenho saudades principalmente de quando eu era criança. Não tinha responsabilidade com nada, não tinha que me preocupar em ganhar dinheiro para colocar comida dentro de casa ou pagar as contas, não tinha inimigos e é raro as vezes que são decepcionados ou ficam chateados por não ganhar aquilo que sempre quis, é só dar um choro com uma maior intensidade que conseguem o que quiser, tinha comida e roupa lavada a todo momento, não tinha preocupações...
Hoje tenho saudades de quando eu tinha amigos de verdade, aqueles que podemos contar com ele a hora que for que sempre ele estará lá, esperando e lhe oferecendo o ombro amigo para vc poder chorar. Tenho saudades da pessoa que um dia jurou me amar enquanto estivesse comigo e que torcia para que durasse a eternidade....tenho saudades das pessoas de moral... tenho saudades das palavras cumpridas...
Saudades ficam e marcam, mas algumas marcam tão profundamente que somos incapazes de esquecer. Creio que nem na morte isso é possível.
Quando olho para trás e vejo o que eu já fiz em minha vida, me dá um aperto tão grande no meu coração...não de arrependimento mas sim de desprezo pois estou começando a acreditar que a minha luta pela sobrevivencia até hoje está sendo em vão...lutar por uma pessoa digna de suas palavras mas que infelizmente está sendo impossível, lutar dessa forma cabulosa para conseguir um pão para se alimentar, lutar amargamente para sustentar o bolso dos grandes picaretas que nos enganaram para ficar no poder público, usando e usufruindo do nosso dinheiro, do nosso suor....
De fato, tem horas que não vejo razão para continuar vivendo. Esse mundo onde existem somente monstros, monstros que nos devoram a qualquer custo para ficar à sua frente, onde somos traídos a todo momento até pelo proprio irmão, onde o que as pessoas prevalecem numa mulher é apenas a bunda gigante com fio dental e um baita peito siliconizado....esse mundo em que a moral deixou de ser garantia de crédito e o que prevalece é um contrato assinado, o resto é somente resto...
Nesses meus 21 anos de vida, ainda não houve nenhum motivo suficientemente plausível capaz de me mostrar um ponto positivo nessa grande anarquia em que vivemos.

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